Diário do Nordeste
Publicado em 30 de outubro de 2011
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Organizações ligadas ao partido estão no topo da lista das beneficiadas pelo programa do Governo Federal
Brasília. Mais de 75% do dinheiro comprovadamente desviado ou mal aplicado por organizações não-governamentais no Programa Segundo Tempo irrigaram entidades ligadas ao PCdoB, partido que continua à frente do Ministério do Esporte. Levantamento feito pelo nas 16 Tomadas de Contas Especiais (TCEs), mostra que, em nove delas, os alvos são grupos dirigidos por filiados à legenda ou pessoas que tiveram ligação estreita
com os comunistas em quatro estados.Brasília. Mais de 75% do dinheiro comprovadamente desviado ou mal aplicado por organizações não-governamentais no Programa Segundo Tempo irrigaram entidades ligadas ao PCdoB, partido que continua à frente do Ministério do Esporte. Levantamento feito pelo nas 16 Tomadas de Contas Especiais (TCEs), mostra que, em nove delas, os alvos são grupos dirigidos por filiados à legenda ou pessoas que tiveram ligação estreita
O governo corre atrás - com o apoio da Polícia Federal, do Ministério Público Federal (MPF) e do Tribunal de Contas da União (TCU) - de R$ 28,3 milhões, apenas de convênios fechados entre o Segundo Tempo e as ONGs. Deste montante, R$ 21,5 milhões abasteceram os cofres de entidades atreladas ao PCdoB em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Tocantins. Organizações ligadas ao partido também estão no topo da lista de todas as ONGs beneficiadas pelo Segundo Tempo. Das cinco entidades que mais receberam recursos, quatro têm ligação com o PCdoB e não foram alvo de investigação.
Braço direito do vereador Netinho de Paula (PCdoB) na Câmara Municipal de São Paulo, Veruska Ticiana Franklin de Carvalho, filiada em Campinas, comandava, em 2004, a Federação das Associações Comunitárias de São Paulo (Facesp), entidade que amealhou R$ 1,6 milhão do Segundo Tempo para criar 125 núcleos esportivos nas cidades paulistas de Americana, Campinas, Mauá e Osasco. O objetivo era beneficiar 12.500 crianças, jovens e adolescentes. Porém, nem o Ministério do Esporte conseguiu descobrir onde foi parar todo o dinheiro, e, agora, pede de volta R$ 3,5 milhões (valor corrigido) por falta de execução do projeto.
Além de contabilizar beneficiados em duplicidade, a TCE, auditada pela Controladoria Geral da União (CGU), aponta que a declaração de fiscalização do convênio foi assinada por um técnico da própria ONG, "responsável pelo projeto".
Veruska saiu da Facesp, mas o comando prossegue com o PCdoB. Hoje, com Maria José da Silva, a Lia, que não respondeu aos pedidos de entrevista.
Ainda em São Paulo, no município de Guarulhos, José Cláudio Neris compareceu segunda-feira (24) à Polícia Federal para se explicar sobre o convênio irregular de R$ 912 mil, firmado há sete anos entre a Liga Regional de Futebol Amador de Guarulhos e o Ministério do Esporte para tocar o Programa Segundo Tempo. O convênio acertado um ano depois de assinar a ficha de filiação ao PCdoB - segundo ele, porque o partido daria uma boa chance para se eleger vereador.
Atualmente, a União cobra da Liga Regional de Futebol R$ 1,3 milhão, porém Neris sustenta que não se apropriou de nem um centavo, apesar da pressão que sofreu para desviar dinheiro público.
Estados
21,5 milhões de reais abasteceram os cofres de entidades atreladas ao PCdoB em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Tocantins. A Polícia Federal investiga os desvios
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