Os
servidores públicos de Nova Russas, em
Assembleia Extraordinária, ocorrida nesta terça-feira, 03 de setembro de
2013, decidiram pela deflagração de greve.
O
motivo desta decisão se deu pelo não atendimento por parte da Administração
Municipal, que tem a frente o prefeito Gonçalo Diogo, das seguintes
reivindicações:
1-
Pauta de Reajuste da Campanha Salarial
de 2013;
2- Suspensão dos
pagamentos dos salários de 2012, referentes aos servidores comissionados de novembro e restante da folha de
dezembro, acordado com os servidores. Havia um acordo para concluir as folhas
dos comissionados até o final de setembro, para então começar a pagar o
dezembro, tudo acertado mas não foi
cumprido.
A Diretoria do
Sindicato dos Servidores protocolou em
06 de março de 2013, a Pauta da Campanha Salarial de todos os servidores,
contendo ao todo, 12 itens de reivindicações apontadas em assembleia geral de
todas as categorias, dentre elas o reajuste salarial anual de 13% para os
servidores Técnicos-Administrativos, 10% para os servidores do SAAE e 10% para
o Magistério, cuja data base é o mês de janeiro/revisão do Plano de Cargos e
Carreiras, mudança das referências e outras melhorias defendidas pelos
servidores. De lá para cá já foram 03
reuniões com o prefeito e sua equipe de finanças (15/04; 20/05 e 24/06),
sem que se avançasse nas negociações, ficando os servidores sem propostas de
reajuste para os seus salários. Os sindicalistas reclamam ainda das péssimas
condições de trabalho imposta a alguns servidores como os Guardas Municipais,
Garis, Agente de Endemias e a falta de alimentação para os professores que vem
do interior para as capacitações e planejamento na sede do município.
Tínhamos uma
nova reunião marcada para 15 de julho e 20
de agosto, mas que acabou não acontecendo. O prefeito alega não ter
condições financeiras no momento para atender as reivindicações de reajustes,
diz que um dos motivos pelo não atendimento dos reajustes são as dívidas de
folhas de pagamento de novembro e dezembro de 2012 que estava pagando. No
entanto a diretoria apresenta outros motivos: o inchaço da folha com pessoal
contratado e comissionados, fato este comprovado através de relatório dor TCM,
no 1º Quadrimestre deste ano. Nos primeiros meses do ano a administração que
teve uma boa arrecadação, inclusive havendo entrada de recursos complementares
referentes ao exercício anterior (2012). Não se entende como é que para
garantir o reajuste dos servidores não teve recursos, mas abriu-se as portas
para contratações e gratificações.
Também não se
admite a forma como a administração levou esta negociação, pois nem com os
professores conseguimos fechar percentuais de reajustes, embora já se tenha o
percentual de reajuste definido pelo MEC de 7,97% e sabendo o gestor que poderíamos ter avançado, atendendo as
categorias que dispõem de recursos
próprios no caso do Fundeb e SAAE.
O prefeito, em
pronunciamento falou aos servidores, no dia da paralisação ocorrida em 29 de
agosto de 2013, que pretendia conceder o reajuste de 7,97% apenas para os
professores nível médio que estão ganhando abaixo do piso, os demais professores
de nível médio, os de nível superior e as demais categorias, ficariam para
conversar na 1ª quinzena de setembro, após análise da folha de pagamento quando
iria dizer se era possível conceder ou não seus reajustes e quais os percentuais;
Os servidores já
cansados pela demora e a falta de uma posição da administração, resolveram que
não é possível tanto tempo para se definir um reajuste.
A classe do
magistério está indignada com esta determinação do prefeito em diferenciar
reajustes dentro da mesma classe. Quem estudou, buscou sua qualificação para
melhorar seu desempenho como profissional, agora é surpreendido pela
administração que receberá percentual bem menor que os outros professores de
nível médio. É essa a valorização dos servidores que o prefeito tanto pregou em
sua campanha?
O município de Nova
Russas se destaca como o único da região que ainda não concedeu o reajuste dos
profissionais do magistério.
Por tudo isso é
que estamos dispostos a dizer ao prefeito através dessa greve que não vamos
aceitar esse congelamento dos nossos salários.
NÃO VAMOS
ACEITAR QUE A ADMINISTRAÇÃO, RECONHECENDO NOSSAS REIVINDICAÇÕES COMO LEGÍTIMAS,
NÃO GARANTA OS NOSSOS DIREITOS.
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