sexta-feira, 7 de junho de 2013

ASSÉDIO MORAL NO SERVIÇO PÚBLICO
Psiquiatra é pioneira nos estudos sobre o Assédio Moral. 
A psiquiatra francesa Marie-France Hirigoyen (2000), uma das primeiras estudiosas a se preocupar com o assédio moral no trabalho, autora de “Assédio Moral: A Violência Perversa do Cotidiano”, entende o mesmo como sendo “qualquer  conduta abusiva, configurada através de gestos, palavras, comportamentos inadequados e atitudes que fogem do que é comumente é aceito pela sociedade
Essa conduta abusiva,
em razão de sua repetição ou sistematização, atenta contra  a personalidade, dignidade ou integridade psíquica ou física de uma pessoa, ameaçando seu emprego ou degradando o ambiente de trabalho. A obra da pesquisadora em pouco tempo foi traduzida para diversos idiomas e tornou-se best-seller.  O livro, na França, motivou trabalhadores a se manifestarem em protesto, junto aos seus empregadores, exigindo respeito à sua dignidade e contra o assédio moral.

É fundamental em um caso de assédio moral é produzir provas de que a infração vem sendo cometida. Portanto, relacionamos abaixo algumas dicas de como agir na situação de assédio moral, permitindo a construção de uma denúncia contra o assediador:
1 - Resistir: anotar com detalhes toda as humilhações sofridas (dia, mês, ano, hora, local ou setor, nome do agressor, colegas que testemunharam, conteúdo da conversa e o que mais você achar necessário).
2 - Dar visibilidade, procurando a ajuda dos colegas, principalmente daqueles  que testemunharam o fato ou que já sofreram humilhações do agressor.
3 - Organizar. O apoio é fundamental  dentro e fora do local de trabalho.
4 - Evitar conversar com o agressor, sem  testemunhas. Ir sempre com colega  de trabalho ou representante sindical.
5 - Exigir, por escrito, explicações do ato  agressor e permanecer com cópia da
carta enviada ao Departamento Pessoal ou Recursos Humanos e da eventual  resposta do agressor. Se possível mandar  sua carta registrada, por correio, guardando o recibo.
6 - Procurar seu sindicato e relatar o assédio moral no trabalho acontecido  para diretores e outras instâncias como:  médicos ou advogados do sindicato assim como: Ministério Público, Justiça do  Trabalho, Comissão de Direitos Humanos  e Conselho Regional de Medicina (ver
Resolução do Conselho Federal de Medicina n.1488/98 sobre saúde do trabalhador, abaixo).
7 - Recorrer ao Centro de Referência em  Saúde dos Trabalhadores(CEREST) e contar a  humilhação sofrida ao médico, assistente  social ou psicólogo.

8 - Buscar apoio junto a familiares, amigos e colegas, pois o afeto e a solidariedade são fundamentais para recuperação da auto-estima, dignidade,  identidade e cidadania. Procure sempre a  justiça para tentar encontrar um caminho  para este problema.

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