Publicado em 12 de novembro de 2011
Frustração
Sobre os fatos, a Secretaria de Educação do Ceará (Seduc) afirmou que só irá se pronunciar após comunicado oficial.
IVNA GIRÃO
REPÓRTER
Os professores queriam iniciar paralisação ontem, mas, por recuo do sindicato, vão esperar prazo jurídico de oito dias
Após 64 dias de greve e um mês de trégua para negociação com o governo, professores da rede estadual de ensino do Ceará deliberaram, ontem à tarde, iniciar uma nova paralisação já no próximo dia 25,
data de mais uma assembleia. A categoria, com os nervos à flor da pele e insatisfações salariais de sobra, queria abandonar as salas de aula ontem, mas o Sindicato dos Professores do Ceará (Apeoc) pisou o pé no ´freio´ e pediu um prazo jurídico de oito dias para a decretação formal da decisão.
Entre mil descontentamentos dos educadores e tantas cautelas dos advogados da Apeoc, os servidores terão que esperar a publicação de edital na segunda-feira e comunicado oficial ao Governo do Estado do Ceará e ao Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE) do fim daquela primeira greve, que só estava suspensa, e início de uma nova no Interior e na Capital. Toda essa novela se desenrolou no auditório lotado do Aécio de Borba.
data de mais uma assembleia. A categoria, com os nervos à flor da pele e insatisfações salariais de sobra, queria abandonar as salas de aula ontem, mas o Sindicato dos Professores do Ceará (Apeoc) pisou o pé no ´freio´ e pediu um prazo jurídico de oito dias para a decretação formal da decisão.
Entre mil descontentamentos dos educadores e tantas cautelas dos advogados da Apeoc, os servidores terão que esperar a publicação de edital na segunda-feira e comunicado oficial ao Governo do Estado do Ceará e ao Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE) do fim daquela primeira greve, que só estava suspensa, e início de uma nova no Interior e na Capital. Toda essa novela se desenrolou no auditório lotado do Aécio de Borba.
Frustração
A notícia de que os profissionais teriam que voltar normalmente às aulas na segunda-feira pareceu ter frustrado muita gente que já veio com o anseio de paralisar. Ao final da assembleia, gritos e xingamentos comprovaram uma certa descrença com o sindicato. Acusações de manobras foram esbravejadas pelos quatro cantos do ginásio.
"A votação das propostas foi muita confusa e tumultuada. Maioria saiu insatisfeita e com o temor do futuro", afirmou Laura Lobato, 52, professora e membro do comando de greve.
A professora Carolina Braga, 28, acredita sim que houve uma má-fé da Apeoc que, antes da votação final, teria colocado advogados para falar no palanque sobre os riscos de demissões.
"Foi tudo uma grande farsa. O sindicato, em conluio com o Governo, não quer que a gente retome a greve. Dai, ficar empurrando a deflagração com a barriga", disse, irritada, Carolina.
Em meio às acusações, o presidente da Apeoc, Anízio Melo, tentou se defender e explicar que o tal ´freio´ seria para defender a categoria de perdas por se avançar em uma greve sem ter uma plena legalidade formal.
"Apontamos uma mediação e achamos que tomamos a medida certa de cumprir com o prazo de oito dias. A decisão da base foi respeitada e vamos aprovar a greve na assembleia do dia 25 com toda força e gás contra a gestão", desafiou Melo.
Para ele, a pauta prioritária do Piso Salarial e da valorização da progressão de carreira ainda não foram atendidas. O aumento anunciado pelo governo de 15% não geraria efeito algum, visto que já seria um aumento previsto para o ano de 2012. "A maioria dos que querem a greve são professores em início de carreira que ganhavam anteriormente R$ 2 mil e só vão ter R$ 1,6 mil. Um absurdo", frisou o servidor Adriano César, 31.
"A votação das propostas foi muita confusa e tumultuada. Maioria saiu insatisfeita e com o temor do futuro", afirmou Laura Lobato, 52, professora e membro do comando de greve.
A professora Carolina Braga, 28, acredita sim que houve uma má-fé da Apeoc que, antes da votação final, teria colocado advogados para falar no palanque sobre os riscos de demissões.
"Foi tudo uma grande farsa. O sindicato, em conluio com o Governo, não quer que a gente retome a greve. Dai, ficar empurrando a deflagração com a barriga", disse, irritada, Carolina.
Em meio às acusações, o presidente da Apeoc, Anízio Melo, tentou se defender e explicar que o tal ´freio´ seria para defender a categoria de perdas por se avançar em uma greve sem ter uma plena legalidade formal.
"Apontamos uma mediação e achamos que tomamos a medida certa de cumprir com o prazo de oito dias. A decisão da base foi respeitada e vamos aprovar a greve na assembleia do dia 25 com toda força e gás contra a gestão", desafiou Melo.
Para ele, a pauta prioritária do Piso Salarial e da valorização da progressão de carreira ainda não foram atendidas. O aumento anunciado pelo governo de 15% não geraria efeito algum, visto que já seria um aumento previsto para o ano de 2012. "A maioria dos que querem a greve são professores em início de carreira que ganhavam anteriormente R$ 2 mil e só vão ter R$ 1,6 mil. Um absurdo", frisou o servidor Adriano César, 31.
Sobre os fatos, a Secretaria de Educação do Ceará (Seduc) afirmou que só irá se pronunciar após comunicado oficial.
IVNA GIRÃO
REPÓRTER
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