sábado, 8 de janeiro de 2011

É TOMA LÁ DA CÁ: Se ganharem os cargos no governo Dilma o PMDB deixa o mínimo como está, pois o deles já foi aumentado.....

Líder do PT critica PMDB por usar debate sobre mínimo para obter cargos

Por: Denise Madueno, do Blog Radar Político, do Estadão

Insatisfeito com a partilha de cargos no governo Dilma, o PMDB já fala em modificar o valor do salário mínimo.
Nesta terça-feira, os peemedebistas cobraram uma reunião com a equipe econômica para discutir outro valor para o mínimo.



O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), reagiu à ameaça velada do PMDB de transformar a votação do salário mínimo em moeda de troca por cargos do segundo escalão federal. Poucas horas depois da reunião da cúpula peemedebista que decidiu rever o valor de R$ 540, fixado pelo governo, Vaccarezza alertou: “Não se pode definir o valor do salário mínimo pela raiva, pelo ódio, vingança ou qualquer outra questão que não seja técnica. Isso não é uma brincadeira. O salário mínimo mexe com a vida das pessoas e com o desenvolvimento do País”.
O líder governista lembrou que o valor do salário mínimo tem impacto sobre a vida de milhões de pessoas, nas contas da Previdência Social e das empresas e na competitividade do País. “É uma equação que precisamos fazer para definir o mínimo e não uma disputa política entre partidos. Se houver alguma insatisfação, ela deve ser canalizada para o debate político”, continuou o líder.
O acordo entre o governo e as centrais sindicais definiu uma política de reajuste do salário mínimo, até 2023, que leva em conta a inflação do período e a metade da variação do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores. Vaccarezza afirmou que um ajuste no valor terá de ser feito, porque a inflação real ficou um pouco maior do que a esperada. Nesse caso, segundo ele, o mínimo deverá ficar próximo de R$ 541,80. “Temos de ajustar o valor para respeitar o acordo com as centrais”, disse o líder governista.

Mantega diz que governo vetará mínimo acima de R$ 540
Ney Hayashi ,da Folha de S. Paulo

O ministro Guido Mantega (Fazenda) disse nesta terça-feira que o governo federal vai vetar qualquer reajuste que aumente o salário mínimo para mais de R$ 540.
“Neste momento, é temerário nós aumentarmos [o mínimo] para mais de R$ 540. Se vier alguma coisa diferente, nós vamos simplesmente vetar”, disse o ministro, citando a necessidade de conter os gastos públicos para, entre outras coisas, facilitar uma queda maior nos juros e evitar uma maior valorização do real.
“É o cumprimento de uma política de aumento salarial que foi acertada com os trabalhadores. Ela deve ser posta em prática, se não vira uma brincadeira, uma hora a gente acerta uma coisa e, depois, não fica conveniente e muda”, reiterou o ministro.
O mínimo de R$ 540 foi calculado com base numa política que considera o crescimento da economia ocorrido dois anos antes do aumento ser concedido.
Como em 2009 a expansão da economia brasileira ficou perto do zero por causa da crise internacional, o ganho real do mínimo em 2011 também seria de zero.
Os R$ 540 estão em vigor desde o começo do ano por força de uma medida provisória editada pelo governo, mas para vigorar definitivamente ainda é necessária aprovação no Congresso.
No entanto, o próprio governo reconheceu ontem, discretamente, que o reajuste do mínimo ficará abaixo da inflação pela primeira vez desde 1997.
A portaria que elevou os benefícios previdenciários utilizou o percentual de 6,41%, mostrando qual é o cálculo oficial para o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulado no ano passado.
Já o salário mínimo teve reajuste de 5,9% ao ser elevado para R$ 540, o que, considerando o INPC projetado, corresponde a uma perda de 0,5% de seu poder de compra.
Para repor a inflação acumulada, o mínimo deveria subir para exatos R$ 542,69, valor que provavelmente seria arredondado para R$ 545.

“Queremos discutir, queremos que a área econômica nos convença desse valor. Essa não tem que ser uma decisão partidária, mas a que representa o melhor para o país”, afirmou o deputado Henrique Eduardo Alves (RN), líder do partido na Câmara.

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