As centrais sindicais (CUT, CTB,
Força, UGT, CSP/Conlutas, CGTB, CSB e NCST), e o MST decidiram organizar atos
conjuntos – do movimento sindical e social - no próximo dia 11 de julho em todo
o País.
As paralisações, greves e
manifestações terão como objetivo destravar a pauta da classe trabalhadora no
Congresso Nacional e nos gabinetes dos ministérios e também construir e
impulsionar a pauta que veio das ruas nas manifestações realizadas em todo o
país dos últimos dias.
“Vamos chamar à unidade das centrais sindicais
e dos movimentos sociais para dialogar com a sociedade e construir uma pauta
que impulsione conquistas, as reivindicações que vieram das ruas à pauta da
classe trabalhadora”, disse o presidente da CUT, Vagner Freitas.
Segundo o dirigente, além de mais
investimentos em saúde, educação e transporte público de qualidade, como os
manifestantes pediram e que é também uma pauta dos trabalhadores e das
trabalhadoras, os atos de julho irão reivindicar o fim dos leilões do petróleo,
o fim do fator previdenciário, a redução da jornada para 40 horas semanais sem
redução do salário, a reforma agrária e o fim do Projeto de Lei 4330 – “esse PL
nefasto que acaba com as relações de trabalho no Brasil e é, na verdade uma
reforma trabalhista escondida atrás de uma proposta de regulamentação da
terceirização”, de acordo com Vagner.
“O que motivou a população a ir às
ruas, a princípio, foi a revogação do aumento da tarifa do transporte coletivo.
Concordamos que o transporte coletivo tem de ser subsidiado pelos governos, mas
isso não pode impedir investimentos em saúde, educação e segurança e transporte
de qualidade para a classe trabalhadora”, apontou o presidente da CUT.
Para ele, o Brasil melhorou muito nos
últimos dez anos, mas a melhora foi mais da porta para dentro do que da porta
para fora. “A insegurança aumentou, a piora nas condições do ensino e da saúde
está fazendo com que o trabalhador gaste as conquistas, os ganhos salariais em
escola, saúde e segurança privados”, justificou Vagner.
“Não fizemos as mudanças estruturais
necessárias, a reforma agrária não ocorreu, o sistema político está falido, a
representatividade não é democrática, as pessoas não são ouvidas, só elegem. A
sociedade tem de controlar o trabalho dos políticos depois das eleições,”
completou o dirigente.
Informações da FETAMCE
Nenhum comentário:
Postar um comentário